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Como lidar melhor com o isolamento social?


O isolamento social é uma necessidade e muitos de nós serão postos à prova por ele. O quanto sabemos ficar sozinhos? Ou com aqueles que amamos, mas que o trabalho e a correria do dia a dia nos impedem de conviver mais? Até que ponto sabemos lidar com o medo, a dificuldade e a falta? Será que passaremos por essa fase ilesos?
Por Sergio Bastos Jr
O isolamento necessário para tentar estancar o quanto antes a pandemia pelo novo Coronavírus está trazendo à tona nossos maiores medos. Como vai ficar o trabalho, a questão financeira, nossas relações sociais e familiares são perguntas que fazem parte desse imaginário. As principais consequências são um aumento de ansiedade e da depressão, duas doenças consideradas os males da atualidade. Como lidar com esse quadro? Separamos algumas explicações e algumas dicas que podem ajudar.

Um pouco de tudo é quase nada
De uma hora para outra, literalmente, tivemos que mudar nossas vidas. Muita gente está com a vida de pernas para o ar. Há quem possa trabalhar de casa, quem já vivesse um dia a dia mais caseiro, mas uma parte imensa da nossa sociedade tinha a mesma rotina: sair todos os dias para trabalhar, frequentar academia, fazer happy hour ao final do dia, ir a bares e restaurantes no final de semana e ansiar pela segunda-feira.
A necessidade de ficar em casa full time, devido à pandemia do Convid-19 foi um corte brusco nessa rotina. Que, diga-se, não era das melhores, já que estamos vivendo, há décadas, epidemias rotineiras de doenças como depressão e ansiedade. Percebemos, com esse corte, que vivíamos um pouco de tudo e, na verdade, não tínhamos nada. Porque a mudança simplesmente nos tirou o chão. E agora?

O medo nos adoece, essa é a maior verdade
Talvez nossa maior ameaça, depois do próprio vírus, seja o medo, já que ele provoca reações físicas que diminuem a nossa imunidade e nos deixam em constante estado de alerta, ou seja, em estresse. A primeira dica, então, seria rever essa questão do medo. Sabemos que há muita incerteza no ar, que muita gente está perdendo clientes, empregos, mercado. Fácil falar em não ter medo, difícil é exercitar. Mesmo assim, é muito necessário, já que o medo também nos impede de achar soluções e agir de forma assertiva.

Ansiedade e depressão, fuja delas
A Depressão é uma doença silenciosa, geralmente associado a um estado de tristeza constante. Mas o que muita gente não sabe, é que a Depressão pode aparecer como uma apatia, uma introversão, dificuldades com o sono, com a alimentação, com as decisões, mesmo as mais corriqueiras, que temos que tomar todos os dias. Alguma semelhança com o que podemos estar sentindo no “confinamento”?
Já a Ansiedade, enquanto distúrbio, revela uma preocupação excessiva com o futuro e, também, diante de situações corriqueiras da vida, das mais simples até aquelas que não podemos controlar. E se alguém que amo ficar doente? E se eu não puder mais sair para comprar alimentos? E se eu não conseguir me recolocar no mercado de trabalho? De situações que sabemos, no íntimo, que não vão acontecer, às que jamais podemos prever, tudo acaba sendo motivo de sobressaltos, alerta, coração descompassado, peito apertado e muito desconforto, inclusive físico.

Dicas para lidar melhor com o isolamento social
Respire, mantenha uma rotina, faça exercícios sempre que possível, converse com as pessoas que ama, mesmo à distância. Tenha projetos/planos/objetivos, mesmo que eles sejam para depois que a pandemia passar. Não espere ter certezas, se eles darão certo ou não, ou se vão ser aceitos, apenas faça o que for possível no momento.
Nosso dia a dia é pautado no calendário. Quantas vezes sentimos um frio na barriga porque algo “está chegando”. E a única forma de não se deixar assolar por ele é viver o hoje. Então, chegou o momento de esquecer um pouco do calendário, sábado e domingo são dias como qualquer outro, já que estaremos em casa. Então, misturar trabalho e momentos de lazer todos os dias pode ser a melhor forma de se manter ativo, mas calmo.

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