Segundo o otorrinolaringologista Guilherme Scheibel, as técnicas da cirurgia são diversas e devem se adaptar às características de cada paciente
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Rinoplastia não é tudo igual: diferentes tipos do procedimento que modifica o nariz
A tecnologia e a indústria da beleza
*Kilmer Lima
Esse não foi um avanço tecnológico isolado, o mesmo aconteceu com os mais diversos tipos de sensores, peças e materiais, o que possibilitou o desenvolvimento de equipamentos de altíssimo controle e precisão. Como resultado de todos esses avanços, os procedimentos estéticos ficaram muito mais eficientes e precisos.
Sem dúvida alguma, a tecnologia passou a ser a grande aliada da indústria estética. No caso da depilação a laser, que demanda alta qualidade dos equipamentos, no que diz respeito à temperatura, energia e penetração, essa importância torna-se ainda mais notória e permeia toda a jornada do cliente, desde a aplicação do laser em si as soluções que aprimoram a experiência de compra, agendamento e realização do tratamento nas unidades, entre outras etapas.
Os primeiros estudos sobre os efeitos do laser de baixa intensidade na medicina estética ocorreram na metade da década de 1970, e desde então houve uma evolução impressionante. Hoje, tanto os lasers de baixa potência quanto os de alta potência são utilizados com os mais diversos objetivos, como nos processos de cicatrização, depilação, eliminação de manchas, tratamento de queloides e cicatrizes hipertróficas e regeneração do colágeno, entre outros.
No início do século 21, o aumento de investimentos em pesquisa e desenvolvimento e a criação de novos materiais, entre outras iniciativas da indústria, permitiram uma evolução acentuada, não somente no surgimento de novos equipamentos estéticos, como também em novos princípios ativos para cosméticos.
Toda essa evolução acabou impulsionando o segmento como um todo e, a partir da segunda década do século, foi possível observar essas tecnologias cada vez mais acessíveis, de maneira que a oferta de tratamentos de beleza e estética pôde ser ampliada e democratizada. Foi quando a técnica migrou dos grandes centros para o interior e para locais mais distantes, tornando-se também mais próxima das pessoas.
São vários os polos tecnológicos espalhados pelo mundo que trouxeram essas evoluções. Os EUA, Israel, Coreia do Sul, além de alguns países europeus, vêm se consolidando no segmento.
O que esperar para o futuro?
O uso de inteligência artificial nos equipamentos possibilita a combinação de procedimentos estéticos de forma personalizada, além de potencializar os resultados. A integração dessa tecnologia com a internet das coisas permite a execução de procedimentos estéticos de forma autônoma.
O uso da câmera de um celular, por exemplo, deverá se tornar algo comum não somente para avaliar nossa pele, como também para acompanhar medidas corporais e permitir que problemas de saúde sejam detectados e tratados de maneira precoce.
A constante evolução tecnológica oferece a possibilidade de desenvolvimento de novos equipamentos, com resultados cada vez mais eficazes. E, na mesma medida, poderemos desenvolver procedimentos menos invasivos, de forma a postergar ou até mesmo evitar procedimentos mais complexos, como as cirurgias.
Saiba mais sobre o mercado de trabalho para o segmento de estética e beleza, um dos mais promissores do Brasil
Pandemia da Covid-19 aqueceu ainda mais a área
Nos últimos anos, a área da beleza e estética têm crescido de maneira exponencial e nem mesmo a Covid-19 conseguiu reduzir o consumo de cosméticos, ainda que por meio das compras on-line. Segundo Juliana Machado, coordenadora dos cursos de pós-graduação de Biomedicina da Unyleya, um dos legados que a pandemia deixará ao mercado são os cuidados com a beleza do rosto, uma vez que reuniões online acontecem de maneira frequente e este tipo de cuidado está sendo muito mais rotineiro e por muito mais pessoas. Ela fala sobre o mercado de trabalho na área, perspectivas e dá dicas para quem deseja trabalhar na área.
“A principal mudança que a Covid-19 trouxe no âmbito da estética foi nos olharmos mais frente a uma câmera, observarmos nossos trejeitos, modo de rir, e principalmente quando falamos. Isso fez com que homens e mais ainda as mulheres achassem queixas e incômodos em seus rostos, aumentando o tratamento de harmonização facial”, declara.
Segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) o ano de 2020 registrou um crescimento de 5,8% no Setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos. Esse percentual mostra que mesmo durante o período de pandemia e tantas adversidades o mercado da estética se mantém como um dos mais promissores do Brasil. Essa tendência se confirma no primeiro quadrimestre, com 5,7% de crescimento em 2021 segundo a ABIHPEC.
“Só consigo enxergar crescimento no segmento de estética. É um mundo que precisa muito ser explorado. Muitos estudos e descobertas ainda precisam acontecer para avançarmos com a tecnologia, tanto dos procedimentos como também de cosméticos. Muitas disfunções são de etiologias desconhecidas, não se sabe como são desenvolvidas, ou por que se manifestam”, complementa Juliana.
Entenda como está o mercado de trabalho para o segmento
O mercado da estética oferece oportunidades a quem se capacita e busca novos conhecimentos, técnicas de aplicação e na apresentação da área para a sociedade, considerando uma forma moderna e inclusiva de entender a estética e a busca para enaltecer a beleza de cada pessoa.
O mercado de trabalho é amplo e o profissional pode atuar em clínicas de estética, spa, consultórios, salão de beleza, clubes e até mesmo em empresas. Os pré-requisitos para as inúmeras vagas de trabalho são, principalmente, a graduação em uma área da saúde, com a devida especialização e cursos de atualização. Dessa forma, o profissional poderá se habilitar em órgãos como o Conselho Federal de Biologia e Biomedicina (CFBB).
A profissão oferece diversas possibilidades de atuação, seja como empreendedor ou prestador de serviço, com faixa salarial variável de acordo com funções e procedimentos realizados.
Os benefícios da Vitamina C para a pele
Essencial para a produção de colágeno, ela tem ação rejuvenescedora e antioxidante
Ela pode ser encontrada nas frutas e vegetais como a acerola, goiaba, kiwi, morango, laranja, pimentão, brócolis, couve-de-bruxelas e caju. No entanto, hoje, ela não existe apenas para consumo oral; os estudos evoluíram e surgiu a Vitamina C de uso tópico. Estudos provaram que com a Vitamina C oral o organismo absorve em torno de 10% de seus benefícios e no uso tópico constatou-se que ela pode ser reaproveitada em até 60% de seus benefícios.
Adélia Mendonça, especialista em dermocosméticos de alta performance, sendo pioneira no Brasil nas áreas de estética íntima e skincare de alto percentual ativo e fundadora da Adélia Mendonça Cosméticos, explica que é importante lembrar que a Vitamina C tem uma especificidade que necessita de uma atenção: ela é muito volátil e oxida facilmente. “Por exemplo, se fizer um suco de laranja e não tomar ele na hora, deixando passar alguns minutos, você irá tomar apenas água com gosto de laranja, pois, ele já irá ter perdido todos os benefícios da vitamina C”, aponta.
Hoje, na área dos cosméticos, é possível encontrar a Vitamina C estabilizada. Adélia Mendonça explica que ela vem em nanopartículas e em cápsulas. “Isso é a nanotecnologia, que é a evolução dos cosméticos em nanopartículas e lipossomadas que preservam o ester da Vitamina C em 100%. Ela deve ser medicamente fechada sem nenhum contato com a luz e ar, porque se acontecer o contato ela irá oxidar e perder suas propriedades”, esclarece. Por isso, hoje é possível industrializar um produto com o princípio ativo da Vitamina C em até 30% da vitamina pura, mas, para isso, é necessário que ela tenha sido medicamente fechada em uma embalagem especial, para manter suas propriedades microbiológicas e físico químicas.
Benefícios para a pele
Adélia Mendonça lembra que a vitamina C possui diversos benefícios para a pele, mas que os mais importantes são:
- Ação clareadora: no Brasil, existe uma miscigenação oriundas de várias raças, por isso, a pele brasileira tem uma predisposição muito grande para manchar, além de ser um país tropical com sol forte que favorece as manchas. Assim, é importante essa ação clareadora da vitamina.
- Ela estimula a síntese do colágeno: a vitamina C estimula o fibroblasto a produzir mais fibras de sustentação na pele, que são o colágeno e elastina. Assim, teremos uma pele mais firme, menos flácida, mais hidratada, mais luminosa.
- Ação oxidante: uma pele oxidada tem uma disposição maior para envelhecer, porque a oxidação é a “ferrugem” da célula, assim ela vai envelhecer a célula. Então, a vitamina C tem ação rejuvenescedora.
- Poder de regenerar a pele: ela tem a capacidade de regenerar as células danificadas, como cicatrizes, rugas e estrias.
Adélia Mendonça lembra que hoje a Vitamina C é um produto multifuncional e é muito conhecida e difundida na mídia. No entanto, cabe ao consumidor ficar atento a sua qualidade. “Por exemplo, algumas Vitaminas C vêm em um conta-gotas, assim ela perde sua eficácia muito rápido, pois quando em contato com o ar e luz ela não consegue manter a estabilidade”, finaliza.