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Setembro Amarelo: psicóloga alerta para casos de depressão em pessoas acima do peso



O mês de setembro é marcado pela conscientização sobre a importância da prevenção do suicídio. No Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 30% das pessoas que buscam tratamento para emagrecer apresentam depressão. Segundo relatório “Estatísticas da Saúde Mundial de 2021”, da Organização Mundial da Saúde (OMS), 22% da população adulta brasileira está obesa.

Especialistas alertam que pessoas obesas são mais vulneráveis ao risco de suicídio. “Pensando na gordofobia e nos indivíduos que sofrem preconceitos por estarem acima do peso - a OMS considera a questão da obesidade um dos maiores problemas de saúde pública. No Brasil, mais da metade da população está com sobrepeso e isso traz riscos em diferentes contextos, além dos casos de suicídios que crescem e podem estar relacionados com histórico de agressões vinculados com o corpo fora dos padrões sociais esperados”, alerta a doutora Rafaela de Faria, psicóloga e professora do curso de Psicologia da Universidade Positivo (UP).

Ela lembra, ainda, que pessoas que estão acima do peso costumam ser vítimas de bullying na sociedade. “Muitas pessoas sofrem piadas e julgamentos, além dos problemas de saúde relacionados com essa condição, as questões de cunho emocional afetam a conexão desses indivíduos com seus corpos e suas relações, tanto no contexto pessoal, como no profissional”, conclui. Uma pesquisa realizada pelo Grupo Catho - classificado on-line de currículos e vagas - com 31 mil executivos,  identificou que 65% dos presidentes e diretores de empresas tinham alguma restrição na hora da contratação de pessoas obesas. Ainda conforme os dados do estudo, o mercado paga melhor aos magros.

Segundo a  psicóloga, é fundamental que esse tipo de orientação se inicie ainda na infância, com abordagem dos valores, já que é papel de todos entender como isso ocorre, para que essa rede de preconceito diminua. “Essa construção, que vem desde a infância, a partir de xingamentos, de piadas, vai construindo um indivíduo com autoestima frágil e, com isso traz tristeza, desespero, recusa de se expor, em função do julgamento das outras pessoas. Temos a vítima, o agressor e os observadores que estão neste contexto, então é função de todo mundo entender como isso ocorre e cortar essa rede de preconceito relacionado não só com as pessoas que estão acima do peso, mas também com quem pode ser atingida ou agredida em função de outras características específicas", finaliza Rafaela. 

Setembro Amarelo - Mês de Prevenção ao Suicídio



Em consequência de todos os problemas trazidos pela pandemia, cuidados especiais para a manutenção da saúde mental, especialmente quanto à depressão, devem receber atenção extra na Campanha do Setembro Amarelo de 2021

Com a pandemia do novo coronavírus, a necessidade do alerta à sociedade em relação aos impactos negativos à saúde mental se torna maior e deve-se ter mais cautela. Consequências como o desemprego, medo, perda de familiares e/ou amigos causam estresse, ansiedade e depressão, fatores que aumentam consideravelmente o número de casos de atentados à própria vida. Além disso, com o isolamento social, o fato de as pessoas terem menos atividades presenciais dificulta ainda mais para que alguém próximo perceba os sinais de alerta.

“A maioria das pessoas que tentam suicídio percebem os sinais de que isso possa acontecer e, normalmente, pedem ajuda médica. Contudo, com a quarentena, a pessoa tende a ter um comportamento mais introvertido, mantendo-se triste, e até mesmo apresentar condutas suicidas, como a falta de valorização própria e dos autocuidados.  Um exemplo é a pessoa diabética que come açúcar e não toma insulina ou o doente do coração que para de tomar o remédio”, explica o Dr. Marcel Fulvio Padula Lamas, Coordenador da Psiquiatria do Hospital Albert Sabin de SP (HAS).

Em tempos de pandemia, o ideal é manter-se sempre um contato, de preferência online, para que a pessoa que está com depressão ou ansiedade não fique muito tempo isolada. “Normalmente, a pessoa não quer se matar, praticamente nenhum suicida realmente quer. O que eles querem, na verdade, é aliviar uma enorme angústia emocional que estão sentindo, embora estejam lutando por dentro para não cometerem nada contra si mesmas”, diz o Dr. Lamas.

É importante salientar sempre que depressão não é “frescura” e sim uma doença que deve ser tratada e combatida como todas as outras. A melhor postura em relação às pessoas que estejam sofrendo de depressão é não menosprezar o que estão sentindo, pois, essas alterações estão machucando-as muito e de modo intenso. “Diante de uma pessoa depressiva, devemos acolhê-la e nos mostrar próximos. Mostrar que ela não está sozinha, que não é um peso e, mais do que qualquer outra coisa, auxiliá-la a procurar ajuda psiquiátrica e psicoterápica. Os dois caminhos associados são ideais para que dúvidas sejam esclarecidas e para que os pacientes possam se recuperar de seus quadros”, observa o médico do HAS.

De acordo com um estudo feito pela consultoria Eureka The Truth, 70% dos jovens brasileiros, que nunca haviam apresentados sintomas psiquiátricos, tiveram piora na saúde mental por causa do isolamento social.

Outros dados relevantes ao assunto são: (Fonte C.V.V)

  • No mundo todo, a cada 40 segundos uma pessoa morre por suicídio. No Brasil, a cada 45 minutos alguém tira a própria vida;
  • 90% dos casos de suicídio podem ser prevenidos ao conversar com a pessoa em risco;
  • Segundo dados do IBOPE, o suicídio ao redor do mundo está em queda, contudo, o Brasil está na contramão, onde o número de pessoas que atentam contra a própria vida cresce, principalmente entre os jovens;
  • Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que pessoas entre 15 e 24 anos compõem o maior grupo de risco de suicídio, sendo a segunda causa de morte de jovens ao redor do mundo. O relatório aponta também que é crescente o risco entre crianças de 5 a 9 anos;
  • A depressão é a principal causa do suicídio no mundo, seguido pelo uso de álcool e drogas;
  • As redes sociais compõem um dos ambientes mais favoráveis para o desenvolvimento de gatilhos para a depressão;
  • No ano passado, o Centro de Valorização da Vida (CVV) recebeu 351.427 ligações, o que equivale a 167 chamadas para cada 100.000 habitantes.

“Procurar ajuda profissional que esteja apta a entender melhor os problemas, e muitas vezes até salvar a vida, de alguém que esteja passando por esse tipo de problema é fator preponderante para evitar o mal maior, que é o suicídio. Todos merecem ter uma saúde mental adequada, portanto, não é necessário ter medo, preconceito ou qualquer receio em procurar o auxílio de um psiquiatra ou de um psicólogo. Muitas vezes, o indivíduo pode salvar uma vida só de dar essa oportunidade a si mesmo ou a terceiros”*, finaliza o Dr. Lamas.

*Em casos de extrema urgência, ligue 188- C.V.V - Centro de Valorização à Vida.


Setembro Amarelo, mês de conscientização ao suicídio e problemas psicológicos



A campanha Setembro Amarelo® salva vidas! 

Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM, organiza nacionalmente o Setembro Amarelo®. O dia 10 deste mês é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a campanha acontece durante todo o ano.

São registrados mais de 13 mil suicídios todos os anos no Brasil e mais de 01 milhão no mundo. Trata-se de uma triste realidade, que registra cada vez mais casos, principalmente entre os jovens. Cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias.

Com o objetivo de prevenir e reduzir estes números a campanha Setembro Amarelo® cresceu e hoje conquistamos o Brasil inteiro. Para isso, o apoio das nossas federadas, núcleos, associados e de toda a sociedade é fundamental.

Como resultado de muito esforço, em 2016, garantimos espaços inéditos na imprensa e firmamos muitas parcerias. Conseguimos também iluminar monumentos históricos, pontos turísticos, pela primeira vez o Cristo Redentor, espaços públicos e privados no Brasil inteiro. Centenas de pessoas participaram de caminhadas e ações para a conscientização sobre este importante tema.

Esta é uma página completa com material disponível para auxiliar a todos. Assim sendo, aproveite os nossos materiais e participe da nossa campanha durante todo o ano.

São diversos materiais de uso público: Diretrizes para a Divulgação e Participação da Campanha Setembro Amarelo®, materiais online para download, a Cartilha Suicídio Informando para Prevenir e todo o material para a imprensa.

Participe conosco, divulgue a campanha entre os seus amigos e nos ajude a salvar vidas!

 

No país mais depressivo do mundo, doença exige a atenção adequada


*Por Dr. Edmundo Maia
Por diversos fatores, as pessoas estão apresentando mais desequilíbrios emocionais e mentais. Entre as principais causas destas incidências estão a violência urbana, abuso de álcool e/ou drogas, sedentarismo, exigências e cobranças no trabalho e de familiares, intolerância e ociosidade.
Todos passam por dificuldades e estresse. A tristeza faz parte da vida psicológica de todos os seres humanos. Porém, quando os sinais e sintomas de depressão aparecem, é indício de que o corpo está adoecendo. Quando a mente de uma pessoa passa a funcionar de forma anômala, temos de pensar em Depressão.
Por questões de preconceito e por falta de conhecimento, muitos negligenciam os efeitos da doença, acreditando ser algo simples de ser combatido. Entretanto, a Depressão é uma doença do corpo como um todo. Ela afeta sono, apetite, disposição física e diversos aspectos psicológicos, além de interferir na autoestima. A doença faz parte dos transtornos do humor, também conhecidas como doenças afetivas, por afetarem principalmente o estado de humor (humor triste, melancólico ou depressivo).
De 15 a 25% das pessoas (uma em cada quatro) podem ter uma crise depressiva pelo menos uma vez na vida, de forma a necessitar de tratamento. A depressão pode mudar a maneira alegre e sociável de ser, tornando a pessoa irritada, impaciente ou retraída. Choro, insatisfação, afastamento das atividades sociais, perda da energia, sentimento de culpa, pessimismo, inutilidade, incapacidade, desamparo e solidão estão entre os primeiros sinais.
Também são observados estágios de tristeza ou irritabilidade persistente, durante a maior parte do dia; sensações de desânimo, cansaço, indisposição e perda da capacidade de sentir prazer nas atividades habituais, tanto no trabalho como no lazer. Perde-se a libido, o desejo e o prazer sexual. Ansiedade, preocupação,insegurança e sentimentos de desesperança também vem associados.
São muito recorrentes também alterações do sono, tanto insônia como excesso de sono, ou acordar cansado, irritabilidade, inquietação, dificuldade de concentração, esquecimentos, dores de cabeça, nas costas e em articulações, além de ideias de morte e suicídio.
Deprimidos não conseguem reagir e melhorar por conta própria, por mais que queiram e tentem. A doença geralmente dura de semanas a anos, podendo aparecer junto com outras doenças do corpo e ser desencadeada por situações estressantes. Ou mesmo, "vir do nada", sem motivo aparente.
É importante que a conscientização ocorra de maneira constante. O Brasil é hoje o país mais depressivo e mais ansioso do mundo, segundo a OMS. 5,8% dos brasileiros são depressivos e 9,3% possuem problemas de ansiedade. Quadros como hipotireoidismo, obesidade, câncer e doenças crônicas e neurológicas podem se confundir com depressão, ou piorar o episódio depressivo. Daí a importância também de fazer uma avaliação médica completa. Para cada paciente podem ser necessárias abordagens que vão desde o uso de medicação, eletroconvulsoterapia (ECT) até psicoterapias individuais, de grupo ou familiares.
*Dr. Edmundo Clairefont Dias Maia é Médico Psiquiatra e médico do núcleo de Cirurgia Bariátrica do HSANP, hospital na zona norte de São Paulo. 

Atividades físicas são aliadas essenciais no combate à depressão e à ansiedade


*Por Dr. Leandro Gregorut
O Brasil está hoje entre os países com maiores índices de depressão e ansiedade. De acordo com a OMS, 5,8% dos brasileiros são depressivos e 9,3% possuem problemas de ansiedade. Existem várias alternativas que podem ser aliadas ao tratamento convencional de ansiedade e depressão para promover melhoria da qualidade de vida. A prática de atividade física, por exemplo, já é muito bem estabelecida e incentivada para tratamento do estresse, distúrbios psicológicos como a Síndrome do Pânico e quadros depressivos.
Isso porque a prática promove a integração e o contato social, fazendo com que a pessoa faça parte de um grupo de amigos em busca de um mesmo objetivo, tal como perder peso, correr uma prova ou ficar mais forte. Além disso, ela atua na liberação de hormônios que contribuem para a sensação de prazer, melhoria do humor e da autoestima. Durante essas atividades o corpo libera uma série de hormônios, pois entende que está em uma situação de estresse. E a liberação hormonal ajudará o corpo a sair desta situação e a se adaptar para que novas situações não ocorram.
No longo prazo, esses hormônios ajudam a fortalecer sua massa muscular, tirar sua dor, acelerar seu metabolismo e desenvolver sua resistência aeróbica, aumentando também sua sensação de felicidade, por atuarem diretamente no cérebro como uma forma de recompensa pelo esforço realizado. Outros benefícios percebidos são melhor controle da fome, diminuição da incidência de doenças cardiovasculares como AVC e Infarto e, também, controle da diabetes tipo 2.
Para melhorar as funções cardiorrespiratórias, aumentar a massa muscular, melhorar a saúde dos ossos, reduzir o risco de doenças crônicas e depressão deve-se realizar no mínimo 150 minutos de atividade física aeróbica, de intensidade moderada, por semana. Ou, pelo menos, 75 minutos de atividade física aeróbica de intensidade vigorosa por semana. Para benefícios adicionais de saúde, os adultos devem aumentar a sua atividade aeróbica de intensidade moderada para 300 minutos por semana, ou 150 minutos de atividade de intensidade vigorosa por semana, ou uma combinação equivalente de atividade moderada e vigorosa.
Atividades de fortalecimento muscular devem ser feitas envolvendo grandes grupos musculares em dois ou mais dias por semana, para manutenção e ganho de massa muscular. Esse ciclo de estresse físico e muscular, bem como sua adaptação ao estresse, é o que permite evoluirmos nosso condicionamento físico.
Esse processo serve para ajudar as pessoas que estão passando por quadros depressivos, ou de ansiedade. E, em alguns casos, o benefício é tão importante que podem até dispensar o uso de medicamentos controlados em uma decisão em conjunto com o médico.
*Dr. Leandro Gregorut é Ortopedista, especialista em joelho, ombro e cotovelo e especialista em Medicina do Esporte, na Clínica MOVITÉ e no Hospital Sírio-Libanês. Já foi médico da Seleção Brasileira de Handebol.

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