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Covid-19: volta às atividades após isolamento e a saúde mental da população

Covid-19: volta às atividades após isolamento afeta consideravelmente a saúde mental da população

Especialista destaca sintomas de ansiedade entre as pessoas que voltam ao convívio social e não descarta a necessidade de ajuda profissional para casos mais agudos

Isolamento social afeta saúde mental da população, alerta especialista da Faculdade Santa Marcelina
2K Studio/Divulgação


A pandemia da Covid-19 modificou por completo a forma como as pessoas se relacionam. Mudanças impostas de forma abrupta, como o isolamento social, suspensão das aulas, home office e cancelamento de eventos, para conter a propagação do vírus, afetaram consideravelmente a saúde mental de milhões de pessoas. Nas primeiras semanas do distanciamento social no ano passado, grande parte da população brasileira apresentou problemas no seu estado de ânimo. 40% se sentiram tristes ou deprimidos e 54% se sentiram ansiosos ou nervosos frequentemente. E os percentuais foram ainda maiores entre adultos jovens (na faixa de 18 a 29 anos): 54% e 70%, respectivamente, segundado dados da Fiocruz.  

Agora, a atenção se volta à retomada do convívio com outras pessoas e como esse contato direto pode provocar o surgimento de transtornos ligados à saúde mental e ao bem-estar físico. Maria Teresa de Almeida Fernandes, mestre em Ciências da Saúde, psicóloga e professora da Faculdade Santa Marcelina, explica como a população pode dar mais atenção à saúde mental durante o período de isolamento - e agora, com a retomada das atividades graças a adesão da população pela vacina.  

A professora aponta que o distanciamento físico afetou os relacionamentos familiares, sociais e socioeconômicos, ocasionando transtornos mentais, como estresse pós-traumático,; transtornos de ansiedade,; depressão,; síndrome do pânico e outros. Alguns estudos mostram que cerca de 30% das pessoas que tiveram covid-19 irão desenvolver algum sintoma psiquiátrico, de acordo com dados do Ministério da Saúde. A pandemia tornou visível o aumento dos casos de transtornos mentais que já existiam antes da chegada do vírus, deixando-os mais perceptíveis. As análises continuam e vão desenhando a cada etapa de mudanças significativas no novo cenário da população mundial. 

Para a especialista, há grupos que podem desenvolver mais transtornos por conta de suas atividades, entre eles, profissionais da saúde. Crianças, idosos, doentes crônicos e pessoas com transtornos mentais e que necessitam de maiores cuidados também estão sujeitos a um maior risco. Além dos prejuízos à saúde mental, existem riscos ao bem-estar físico como detalha a professora: “A ação direta do vírus no sistema nervoso central pode ocasionar estresse pelo período de adaptação, fadiga, falta de ar, batimentos cardíacos acelerados, dores nas articulações, perda do olfato e paladar, dificuldade de concentração e outros”. 

Com o ritmo de vacinação cada vez maior, a volta ao convívio social pode desencadear outros sintomas, afinal, foram quase dois anos reclusos, com convivência por telas de celular e computadores., Ao fim da quarentena entraremos em outro período de adaptações às novas situações podendo acentuar ou favorecer o aparecimento de novas enfermidades: “A ajuda profissional se torna necessária quando a pessoa percebe prejuízo na sua qualidade de vida e não consegue retomar às atividades diárias”, finaliza Maria Teresa de Almeida.  


Dia Mundial da Trombose: conheça mais sobre e previna-se dessa doença que mata uma em quatro pessoas no mundo



Hoje dia 3 de outubro, médicos, legisladores e outros profissionais da saúde de todo o mundo promovem o Dia Mundial da Trombose – uma campanha que tem como objetivo alertar a população sobre os perigos dos coágulos de sangue - atualmente, um problema de saúde global urgente e crescente. A campanha, promovida pela Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia (ISTH, sigla em inglês), conecta e capacita mais de 3.000 organizações parceiras e indivíduos de mais de 120 países para unir forças na conscientização, tratamento e prevenção da doença. 

A trombose, comumente conhecida como coágulos de sangue, pode ser responsável pelo desencadeamento de uma série de condições médicas potencialmente fatais, como ataque cardíaco, acidente vascular cerebral e tromboembolismo venoso (TEV). “O TEV ocorre quando um ou mais coágulos se formam em uma veia profunda, mais frequentemente na perna, e viajam pela circulação, podendo se alojar nos pulmões - condição conhecida como embolia pulmonar”, explica a Dra. Joyce Annichino, hematologista e professora do departamento de clínica médica da Unicamp. 

“Apesar do fato de uma em cada quatro pessoas em todo o mundo morrer de doenças causadas por coágulos sanguíneos, eles são uma condição pouico conhecida e uma questão séria de saúde pública”, explica a Profª. Beverley Hunt, presidente do Comitê Diretor do Dia Mundial da Trombose. 

Com base nesse cenário, a Dra. Joyce Annichino aponta e explica abaixo quais são os principais cernes da campanha do Dia Mundial da Trombose em 2021.  

Trombose relacionada à COVID-19  

Recentes pesquisas mostram que a COVID-19 torna o sangue mais “pegajoso”, o que pode aumentar o risco de coagulação. Além disso, os pacientes hospitalizados com COVID-19 enfrentam riscos adicionais de coágulos sanguíneos. “Estima-se que 5% a 10% dos pacientes internados em enfermaria com coronavírus tenham apresentado algum evento trombótico durante o tratamento, podendo chegar a 30% para pacientes internados em UTI – taxas muito altas se comparadas ao período pré-pandemia”, alerta Joyce.  

Esse ano, a COVID-19 fez com que a trombose ganhasse grandes holofotes nos principais jornais do mundo. Isso porque, além de contribuir para o desenvolvimento de trombose, coágulos de sangue foram apontados como um efeito colateral muito raro para certas vacinas COVID-19. “Após um ano turbulento causado pela pandemia da COVID-19, infelizmente vimos um aumento nos casos de trombose relacionados à pandemia”, comenta a Profª Bervely Hunt. “O risco de coágulos em pacientes de COVID-19, assim como outros casos associados a hospitais, pode ser reduzido com o uso de tromboprofilaxia - os anticoagulantes.” 

Trombose associada ao hospital 

Pacientes hospitalizados apresentam um risco aumentado de coágulos sanguíneos devido à imobilidade e/ou cirurgia. Cerca de 60% de todos os casos de tromboembolismo venoso ocorrem durante ou dentro de 90 dias de hospitalização, tornando-se a principal causa de morte hospitalar evitável. “Um dos fatores que contribuem para a formação de coágulos é a estase – a estagnação do sangue. Esse quadro é muito comum em pessoas hospitalizadas, acamadas ou com pouca mobilidade”, afirma a médica.  

Trombose relacionada ao câncer 

Pacientes com câncer têm quatro vezes mais probabilidade de desenvolver um coágulo sanguíneo grave em comparação com a população em geral. Este risco aumentado é impulsionado por fatores como cirurgia, hospitalização, infecção e distúrbios de coagulação genética por fatores específicos desse tipo de doença, incluindo tipo, histologia, estágio da malignidade, tratamentos e certos biomarcadores. 

Trombose específica de gênero 

Pílulas anticoncepcionais orais à base de estrogênio, terapia de reposição hormonal e gravidez são fatores de risco de coágulo sanguíneo para as mulheres. Elas têm cinco vezes mais probabilidade de desenvolver um coágulo sanguíneo durante a gravidez e cerca de uma em cada 1.000 mulheres grávidas desenvolverá uma trombose. “O uso de alguns anticoncepcionais podem fazer com que a paciente tenha o aumento de alguns fatores de coagulação e a diminuição de anticoagulantes naturais. Tudo isso pode favorecer a trombose”, explica a médica.  

Como se prevenir 

Aproximadamente 10 milhões de casos de trombose ocorrem anualmente em todo o mundo, mas a condição pode frequentemente ser evitada com detecção e tratamento precoces. A campanha do Dia Mundial da Trombose convida os profissionais de saúde a fornecer avaliações obrigatórias de risco da doença a todos os pacientes hospitalizados. Além disso, a campanha incentiva o público, incluindo os pacientes, a defender uma avaliação de risco para a doença. 

O Dia Mundial da Trombose compartilha estas dicas importantes para ajudar a prevenir coágulos sanguíneos: 

Fique ativo e hidratado. Defina um alarme de hora em hora e use esse tempo para se levantar, caminhar e se espreguiçar. Ficar estagnado por longos períodos pode aumentar o risco de coágulos sanguíneos. Beba bastante água para prevenir a desidratação, que pode fazer com que o sangue engrosse, resultando em coágulos sanguíneos. 

Conheça os sinais e sintomas de um coágulo sanguíneo. Os sinais de alerta a serem observados são dor e sensibilidade nas pernas, vermelhidão e inchaço, falta de ar, respiração rápida, dor no peito e tosse com sangue. 

Solicite uma avaliação de risco de trombose. Todos os indivíduos, especialmente aqueles que estão hospitalizados, devem pedir ao seu profissional de saúde uma avaliação de risco de TEV, um questionário que reúne informações médicas para discernir os fatores de risco potenciais de um paciente para o desenvolvimento de coágulos sanguíneos. 

Para saber mais sobre coágulos sanguíneos, visite www.worldthrombosisday.org


Trombose: conheça os principais sintomas e dicas para sua prevenção




A pandemia do coronavírus, além de levar a vida de milhares de pessoas no Brasil e no mundo, trouxe um alerta importante sobre outra doença igualmente perigosa e relacionada à infecção: a trombose. Essa é uma obstrução causada por coágulos de sangue em veias ou artérias, que pode resultar em quadros graves, como AVC, infarto agudo do miocárdio, embolia pulmonar e até a morte.  

Estima-se que de 10% a 15% dos pacientes internados com infecção pelo coronavírus em enfermaria tenham apresentado algum evento trombótico. Em casos de pacientes na UTI, esse número pode chegar a 30% – taxas muito altas se comparadas ao período pré-pandemia. A infecção causada pelo SARS-COV-2 pode danificar a camada interna da parede dos vasos sanguíneos chamada de endotélio, como explica o Dr. Marcelo Melzer Teruchkin, cirurgião vascular do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) e da Sociedade Brasileira de Trombose e Hemostasia (SBTH). “Essa é uma parte responsável por não permitir que o sangue coagule, então se o vírus danifica essa camada, a deixa mais propensa à formação de trombo”.  

É importante salientar que maioria dos quadros de trombose não estão associados à COVID. Especialistas alertam que os principais fatores de risco para trombose são idade acima de 60 anos, tabagismo, obesidade, imobilidade, cirurgias, infecções, gravidez e puerpério, uso de hormônios como anticoncepcionais, acidentes, câncer e doenças da coagulação, denominadas trombofilias. No caso das tromboses arteriais, ainda temos o diabetes, sedentarismo e elevação das taxas de gordura no sangue como fatores causais. Os sintomas podem ser variados de acordo com o sistema envolvido. Por isso, o Dr. Marcelo listou os quadros clínicos mais comuns. Confira: 

INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO 

A trombose das artérias do coração (coronárias) pode se apresentar com quadro clínico de dor torácica, de forte intensidade e aperto no peito que pode se irradiar para o braço esquerdo, ombro, região da mandíbula e até abdome. Essa pode estar associada à falta de ar, sensação de desmaio, palidez, náuseas, sudorese e palpitação. 

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL 

Quadro de dor intensa na cabeça, convulsão, perda de consciência, confusão, tonturas associadas a náuseas e vômitos, perda de força ou formigamento em um lado do corpo, desvio da boca e dificuldades na fala podem estar associados ao quadro de trombose da circulação cerebral. 

EMBOLIA PULMONAR 

A obstrução da circulação pulmonar pode se apresentar com dor torácica em pontada ou aperto, falta de ar, palpitação, tosse, febre de baixo grau e cianose (face e extremidades do corpo arroxeadas). 

TROMBOSE VENOSA PROFUNDA 

A trombose do sistema venoso de uma das pernas ou braços pode ocasionar dor intensa, inchaço, enrijecimento muscular e mudança de coloração (avermelhado ou arroxeado). Geralmente acomete apenas uma das pernas ou um dos braços.  

OCLUSÃO ARTERIAL AGUDA DE EXTREMIDADES 

A obstrução aguda de uma artéria da perna ou do braço pode levar a dor intensa, palidez, formigamento, resfriamento, dificuldade de movimentação e ausência de pulsação.  

Como evitar? 

O primeiro e mais importante passo é se manter ativo fisicamente e conservar boas práticas de saúde. Para a Dra. Joyce Annichino-Bizzacchi, hematologista e professora do departamento de clínica médica da Unicamp, no caso de lesões em atividades físicas, é importante prestar atenção a sinais de inchaços ou dores desproporcionais nos dias seguintes.  

Covid-19 e estilo: entenda o que esperar da moda pós pandêmica




Desde o início do ano passado, a pandemia interrompeu diversas atividades presenciais, porém com a retomada dos eventos sociais, as pessoas encaram um novo desafio: olhar para os próprios armários e tirar da gaveta roupas que, durante os últimos dois anos, não viram a luz do sol. Pode até parecer que o mundo parou durante esse período, mas a verdade é que ele continuou se movimentando, inclusive a moda.  

Márcio Ito, professor do curso de moda da Faculdade Santa Marcelina, explica que a busca por roupas tomou um novo rumo durante o período de isolamento: “a pandemia tem feito esse ajuste de ampliar o alcance de produtos que já existiam no mercado, como pijamas e moletons”. 

Ito explica que esse efeito foi enfatizado pelo próprio mercado: “A pandemia foi um fator importante para ampliar os olhares de produtos que existem na moda. Vimos lives com artistas que usavam pijamas. A pandemia fez com que você concentrasse seu campo de visão em um espaço pequeno, que direcionava o consumo desses produtos”. 

A busca pelo conforto foi grande. No entanto, um certo nível de formalidade continuou sendo exigido. Isso aconteceu porque, mesmo em home office, as pessoas precisavam abrir a câmera e mostrar a parte de cima do corpo. De acordo com o especialista, isso gerou um aumento no consumo de malhas e camisetas confortáveis, mas com aspecto mais formal.  

Um exemplo de estilo que aumentou durante a pandemia foram os moletinhos. Compostos por um conjunto de moletom com corte mais arrumado, essas opções de roupas são, além de confortáveis, fashion. O professor explica: “os moletinhos já tinham vindo com uma certa frequência nas coleções passadas. Uma combinação, que antes era vista como mais um produto do mercado, se tornou um produto mais presente no mundo da moda. Acredito que na volta dos presenciais, isso continue presente”. 

No entanto, nem tudo são flores na volta do trabalho presencial. Mesmo com a ascensão do conforto, Márcio acredita que não há uma perspectiva desse estilo dominar os escritórios: “Empresas que tem um dress code específico dificilmente aumentarão a liberdade dos seus colaboradores. Pode até ser que aumente a flexibilidade, principalmente no modelo híbrido. Mas ainda haverá uma necessidade do dress code em reuniões”.  

Por outro lado, é certo que o mundo digital aumentou a preocupação com a parte de cima na hora de se vestir. Desde o início da pandemia, muito se fala das pessoas se arrumarem da cintura para cima, visando sempre a apresentação em vídeo chamadas. De fato, isso pode ter impulsionado uma nova tendência: “Há uma preocupação maior com a parte de cima. Talvez as empresas passem a trazer blusas e croppeds com mais facilidade de combinações com a parte de baixo, promovendo uma pluralidade de looks”, completa Ito.  

Meditação, autocompaixão e menos estresse no trabalho



Uma liderança compassiva, amorosa e dedicada ao bom desempenho de sua equipe tem pela frente um longo caminho de equilíbrio e autoacolhimento a trilhar. E uma dessas rotas passa pela mindfulness. Esta técnica simples de meditação, desconectada de qualquer religião ou doutrina, traz muitos benefícios. O principal deles é exercitar a mente, permitindo que todas as experiências do momento estejam presentes.

As práticas de meditação mindfulness estimulam o desenvolvimento do córtex pré-frontal, que a neurociência define como a área do cérebro responsável por diferentes funções cognitivas, como atenção, julgamento, resolução de problemas, discernimento, pensamento crítico, organização, priorização, controle de impulsos, perseverança, regulação emocional e aprendizado contínuo a partir das experiências.

Embora não pareça, algumas percepções que possamos ter de nós mesmos em determinados períodos ou situações, como distrações, procrastinação, hiperatividade, falta de organização, baixa capacidade de julgamento, ansiedade, dificuldade para gerir o tempo, atrasos constantes, são indicativos de que há algo “desregulado” em nosso córtex pré-frontal.

A meditação mindfulness vem acompanhada de muitos benefícios. A lista é extensa, mas podemos colocar entre os principais efeitos a clareza mental e a facilidade na hora de tomar decisões. Como técnica, também propicia o desenvolvimento da autoconsciência e a consciência das emoções, que nos leva a não mais reagir de maneira intempestiva.

Como prática meditativa contemplativa multissensorial, a mindfulness não requer grandes condições para ser aplicada. Podemos meditar caminhando, enquanto fazemos um intervalo para o lanche, em pé, repousando, e mesmo quando estamos alongando a musculatura corporal nas pausas laborais.

A meditação também surte efeitos importantes na redução do estresse. Pesquisa realizada pelo Hospital Israelita Albert Einstein, juntamente com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e o Instituto Appana Mind, revelou que uma hora e quinze minutos de meditação, três vezes por semana, ao longo de dois meses, conseguiu reduzir à metade a concentração do cortisol, o hormônio do estresse, em um grupo de cuidadores de doentes de Alzheimer, categoria profissional em que se verificam índices altíssimos de estresse.

Para quem está começando, ou quer começar a meditar, justamente para ter mais equilíbrio e entendimento de suas emoções e atitudes, recomendamos as “três respirações conscientes”.

Eis aqui um exemplo prático: antes de iniciar uma reunião, de responder e-mails, de enviar mensagens de WhatsApp, de fazer uma refeição, a cada hora meia ou a cada 30 minutos, coloque um lembrete no alarme do celular e pause por alguns segundos para retomar o foco.

Faça assim: com três respirações, traga a sua atenção para o momento presente. Inspire e atente-se à sua respiração, ao seu corpo e à sua mente, perguntando-se: o que é importante agora?

Este exercício muito simples orienta o foco para o momento presente. E quanto mais presentes estivermos conosco, mais seremos capazes de oferecer a atenção plena ao outro.

 

Mais autocompaixão, por favor

A liderança compassiva pressupõe disposição para ajudar a equipe a se sentir segura e cumprir os objetivos. Mas tão importante para o gestor quanto ter este direcionamento é tratar-se sempre com gentileza.

Neste sentido, a prática da autocompaixão é fundamental para que a liderança enfrente um eventual fracasso com leveza, exercitando a coragem e a resiliência para tentar novamente e com mais vontade.

Exercer a autocompaixão, tendo a meditação mindfulness como aliada, nos ajuda a enfrentar os desafios com mais clareza da realidade. E nunca se esqueçam: quanto mais presentes, mais autoconscientes somos das nossas necessidades.

Vamos praticar?

No YouTube, disponibilizo um vídeo que gravei sobre a prática da autocompaixão. 

Pratique assim que puder




Meditação: confira dicas para meditar mais e melhor


Pesquisas mostram o aumento de pessoas que meditam pelo mundo desde o início da pandemia. Estudos científicos comprovam sua eficácia. Confira aqui dicas simples para meditar mais e melhor.

A meditação é uma prática muito difundida no Oriente, há milhares de anos, e que vem ganhando cada vez mais usuários no Ocidente, sobretudo nas últimas décadas. A própria medicina já comprovou vários dos seus benefícios.

Por isso, no mundo todo, durante a pandemia, o número de pessoas que começou a meditar para combater problemas como estresse, solidão, insegurança e ansiedade cresceu muito.

Um bom exemplo é o canal Ser Felicidade, desenvolvido pela terapeuta Catia Simionato, que ganhou milhares de seguidores, especialmente no primeiro ano da pandemia, e se tornou o maior espaço da Internet brasileira voltado para a expansão da consciência. O canal reúne quase 1,3 milhão de seguidores no YouTube, Instagram, Facebook, Telegram e Spotify.

“Um assunto muito comum entre meus alunos e seguidores é sobre a dificuldade com a meditação. Muita gente acha que meditação é algo complicado. Só a palavra meditação já assusta e acham que não sabem ou não conseguem meditar”, explica Catia.

MEDITAÇÃO: O QUE É?

Basicamente, meditação é o nome que se dá quando a gente não está dando atenção aos próprios pensamentos.

“A primeira coisa a notar é que os pensamentos acontecem. Pensar não exige uma ação da nossa vontade. A gente está andando por aí e, de repente, os pensamentos simplesmente aparecem. Às vezes nem queremos pensar em algo, mas os pensamentos voltam o tempo todo. Os pensamentos não são reais e, mesmo assim, nos deixam malucos, nervosos, com medo, ansiosos e atormentados. A meditação é uma prática que nos afasta temporariamente dos nossos pensamentos, colocando nossa atenção em outra coisa, como a respiração”, acrescenta a terapeuta.

“Durante a meditação, paramos de pensar no passado e no futuro, como acontece o tempo todo, e ficamos mais atentos ao momento presente. Esse é o segredo da meditação”, afirma Catia.

DICAS PARA MEDITAR MAIS E MELHOR

  • Meditação significa tirar a atenção da enxurrada de pensamentos da mente e colocar a atenção em outra coisa. O mais simples de qualquer meditação é simplesmente direcionar a atenção para a respiração. “Isso coloca a pessoa no momento presente e, quando isso acontece, a mente tende a desacelerar e até silenciar completamente”, destaca a terapeuta.

  • Não vá meditar se você estiver muito cansado, pois você pode acabar dormindo. Descanse bem antes. “Meditação é para a gente acordar, e não para dormir”, diz Cátia.

  • Principalmente para iniciantes: não exija demais de você. Comece com alguns minutos. Não é fácil tirar a atenção da mente. Comece praticando de um a três minutos nas primeiras sessões, colocando toda a sua atenção na sua respiração. Quando você ficar confortável, dias depois, aumente para 5, depois para 7 e assim sucessivamente.

  • Se você é agitado demais para praticar a meditação tradicional, parado, que é chamada de meditação passiva, tente a meditação ativa, que é quando você está em movimento fazendo algo, como lavando louças ou caminhando. “Eu mudei a minha vida praticando uma caminhada meditativa todas as manhãs”, revela Catia Simionato. Na caminhada meditativa, a dica é caminhar diariamente por qualquer lugar uns 10, 15 ou 20 minutos, prestando muita atenção no que encontra pelo caminho, como se fosse a primeira vez que a pessoa vê tudo aquilo. Isso vai tirar a atenção da mente e levar para as coisas ao seu redor.

  • Seja gentil consigo mesmo. “Durante a meditação, a sua mente logo vai começar a criticar a forma como você medita, te dizendo que você precisa meditar melhor. Não caia nesses pensamentos. Durante a meditação, trate-se como uma criança pequena que está aprendendo alguma coisa. Tenha paciência”, alerta a especialista.

  • “Nas meditações guiadas, é comum o profissional que está guiando a meditação, como eu faço no meu canal Ser Felicidade, pedir para as pessoas imaginarem algo ou que estão em determinado lugar, como um caminho cheio se árvores. Nessa hora, muitas pessoas dizem que não conseguem ver nada”, conta a terapeuta. Aqui a dica é: não é para você realmente ver nada com seus olhos, mas simplesmente imaginar aquilo e, nesse caso, a mente pode ajudar. “Se eu te disser ‘pense num abacaxi’, a sua mente vai imediatamente te mostrar um abacaxi. É assim, simples, que funciona”, exemplifica Catia.

  • Existem dúvidas sobre a melhor posição para meditar. “Pela minha experiência eu não recomendo que a pessoa tente meditar deitado porque, desse jeito, ela relaxa e há um condicionamento mental para dormir nessa condição”, diz Catia. Segundo ela, o corpo deve estar relaxado, porém não deitado. Há também outro ponto importante, que remete às mais antigas tradições da meditação no Oriente: sentado, todos os centros de força (chacras) tendem a se alinhar e formar um fluxo de energia que facilita a meditação.

  • Se você está em um local barulhento, saiba que é possível meditar nessas condições. “O externo não tem nada a ver com meditação. Eu aprendi a meditar, aos 13 anos, no mais absurdo barulho, com rádio ligado o tempo inteiro e do lado da oficina mecânica do meu pai. Então, não importa o que esteja acontecendo fora, o silencio deve ser interno”, recorda.

  • Algumas frequências musicais ajudam a induzir à meditação, como as de 528 Hz – umas das frequências de Solfeggio, escala de seis tons popularmente utilizada pela Igreja Católica em alguns hinos e, principalmente, no Canto Gregoriano. Esta frequência também é chamada de frequência do amor e contribui para tornar as ondas cerebrais maiores, saindo das ondas Beta (que é o normal no nosso dia a dia) e indo para as ondas Alfa, que são responsáveis por um estado de relaxamento profundo.

Mandalas terapêuticas: uma bússola para profissionais em transição de carreira




Recurso da arteterapia tem sido ponto de apoio e caminho de descoberta para quem quer construir uma vida com mais sentido, incluindo as relações com o trabalho

A pandemia do novo coronavírus e as medidas de isolamento social desencadearam transformações significativas nas relações pessoais, econômicas e profissionais. Com isso, quase todo mundo precisou, em maior ou menor grau, reavaliar escolhas, prioridades e objetivos.

Na opinião da arteterapeuta Myrian Romero, coordenadora do Centro Internacional de Mandala, Arte e Simbolismo (Ceimas) e especialista em Psicologia Transpessoal e Gestão Emocional nas Organizações, a pandemia obrigou as pessoas a olhar para dentro de si mesmas e a refletir sobre o que realmente importa e, com isso, surge o desejo de construir uma vida com mais sentido, incluindo as relações com o trabalho. 

Uma pesquisa, realizada recentemente pela empresa Kaspersky, revelou que cerca de 53% dos profissionais brasileiros consideram mudar de emprego nos próximos meses. Outros estudos também indicaram que a maioria dos brasileiros chegou a repensar suas carreiras profissionais durante a pandemia.

Essa tendência pode ser resultado do aumento de ofertas de emprego em alguns setores por conta da retomada econômica, mas também do desejo de experimentar algo novo no pós-pandemia. 

Contribuição das mandalas terapêuticas

Muitas pessoas, por meio de suas mandalas terapêuticas, que são desenhos livres, criados dentro de um círculo com diferentes formas, cores e símbolos, têm revelado a vontade de buscar mudanças na carreira ou na relação com o trabalho.

Essa vontade ou a necessidade real de transição é expressa normalmente em mandalas que sugerem muito movimento, com grande variação de cores. “Por outro lado, também podemos reconhecer o sentimento temporário de estagnação ou desânimo representado por meio de cores muito leves e neutras em alguns padrões específicos de desenho”, explica Myrian Romero. 

Uma de suas clientes, com uma sólida trajetória profissional e que atuava numa organização durante anos, começou a expressar pelas mandalas o desejo de trabalhar com mais criatividade, liberdade e o sentimento de “quero outra coisa”.

“Após um período de elaboração do desejo relevado, ela optou por iniciar uma nova formação, retornando inclusive à faculdade”, conta a especialista.

A especialista explica que, com o uso da técnica da mandala terapêutica, que funciona como uma ponte para o inconsciente, os insights e as saídas criativas para as questões profissionais não surgem somente de um processo racional, que costuma frustrar as expectativas em 90% dos casos.

“As descobertas surgem de uma interconexão de razão, intuição, sensação e sentimento. Desta forma, geralmente, são mais autênticas, contam mais sobre o que as pessoas são e desejam de fato”, destaca.

Em outro caso, uma advogada foi se dando conta, com a ajuda das mandalas terapêuticas, de estar vivendo um desconforto considerável, uma sensação de aprisionamento em sua carreira. “Por meio da compreensão do que o próprio inconsciente foi revelando, ela percebeu que o ponto a ser elaborado era o ritmo com que se relacionava com o trabalho e não o trabalho em si”, explica Myrian Romero.

Segundo a arteterapeuta, a linguagem não-verbal dessa técnica facilita a manifestação de sentimentos e emoções que, muitas vezes, o indivíduo não consegue acessar e muito menos manifestar em palavras. “Apesar de se sentirem algumas vezes desconfortáveis ou até inseguros com o que está por vir, os indivíduos desenvolvem uma capacidade incrível de enxergar seus desejos, necessidades, desafios e talentos. Assim, se sentem encorajados a buscar por algo mais alinhado aos seus interesses e propósitos de vida”, finaliza.

Para saber mais sobre o uso das mandalas terapêuticas em momentos de transição, confira o vídeo 


https://www.youtube.com/watch?v=TxqjFqDj44E&feature=youtu.be
 

Superexposição em vídeoconferências pode causar estresse, burnout, sedentarismo e obesidade


"Tempo na internet precisa ser ponderado para que o avanço tecnológico não se torne um pesadelo"

São Paulo, 1º setembro de 2021 -   A pandemia obrigou milhares de pessoas a se isolarem para diminuir o contágio do vírus. Trabalho, aulas, cursos, ginástica e encontros, por exemplo, migraram para o mundo virtual. A tecnologia serviu para manter empregos, o contato social e a ajudar no equilíbrio da saúde mental. Mas, o que veio para beneficiar, em excesso, pode ser prejudicial. São muitas chamadas por vídeo e muito tempo de câmera ligada durante o dia para conseguir dar conta de tudo.

Está esgotado? Muitas pessoas estão e sofrem com ele. “Existe muito mais em um encontro do que somente duas pessoas (ou mais) conversando; existe cheiro, ambiente novo, visão periférica, interação pessoal e outras coisas que foram tiradas de nós no mundo totalmente online”, afirma a psicóloga clínica, Karin Kenzler.

A superexposição às câmeras pode causar fadiga, estresse, burnout, problemas de autoestima, dores de cabeça, insônia, sedentarismo e obesidade. Além de poder contribuir para o desenvolvimento de fobias sociais, como ansiedade de falar em público. “Com o excesso de videochamadas vêm as exibições exageradas à própria imagem na tela, a falta de exercícios físicos, os olhares constantes de terceiros, o julgamento, a frustração de não se expressar adequadamente e o desconforto com os outros membros da conversa. São muitos estímulos gerados o tempo todo, é cansativo, suga nossa energia”, explica a psicóloga.

Estar online não significa estar à disposição o dia inteiro. Conseguir dividir esse tempo é difícil, muitas vezes mistura-se tudo e falta tempo para a vida pessoal. Para Karin, praticar exercícios físicos; fazer atividades que tiram da tela, como ler e escrever; procurar ter uma boa noite de sono e fazer pausas durante as reuniões ajudam a diminuir este cansaço.

O uso da tecnologia é necessário, mas precisa passar por alguns ajustes para que o online vire offline às vezes. A psicóloga ressalta que “o tempo na internet precisa ser ponderado para que esse avanço tecnológico não se torne um pesadelo”. Ainda não existem regras, nem trabalhistas e nem de etiqueta para essas situações, mas o ideal é usar o bom-senso e priorizar a saúde mental e física. “Respire mais fora da tela!”.

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