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No país mais depressivo do mundo, doença exige a atenção adequada


*Por Dr. Edmundo Maia
Por diversos fatores, as pessoas estão apresentando mais desequilíbrios emocionais e mentais. Entre as principais causas destas incidências estão a violência urbana, abuso de álcool e/ou drogas, sedentarismo, exigências e cobranças no trabalho e de familiares, intolerância e ociosidade.
Todos passam por dificuldades e estresse. A tristeza faz parte da vida psicológica de todos os seres humanos. Porém, quando os sinais e sintomas de depressão aparecem, é indício de que o corpo está adoecendo. Quando a mente de uma pessoa passa a funcionar de forma anômala, temos de pensar em Depressão.
Por questões de preconceito e por falta de conhecimento, muitos negligenciam os efeitos da doença, acreditando ser algo simples de ser combatido. Entretanto, a Depressão é uma doença do corpo como um todo. Ela afeta sono, apetite, disposição física e diversos aspectos psicológicos, além de interferir na autoestima. A doença faz parte dos transtornos do humor, também conhecidas como doenças afetivas, por afetarem principalmente o estado de humor (humor triste, melancólico ou depressivo).
De 15 a 25% das pessoas (uma em cada quatro) podem ter uma crise depressiva pelo menos uma vez na vida, de forma a necessitar de tratamento. A depressão pode mudar a maneira alegre e sociável de ser, tornando a pessoa irritada, impaciente ou retraída. Choro, insatisfação, afastamento das atividades sociais, perda da energia, sentimento de culpa, pessimismo, inutilidade, incapacidade, desamparo e solidão estão entre os primeiros sinais.
Também são observados estágios de tristeza ou irritabilidade persistente, durante a maior parte do dia; sensações de desânimo, cansaço, indisposição e perda da capacidade de sentir prazer nas atividades habituais, tanto no trabalho como no lazer. Perde-se a libido, o desejo e o prazer sexual. Ansiedade, preocupação,insegurança e sentimentos de desesperança também vem associados.
São muito recorrentes também alterações do sono, tanto insônia como excesso de sono, ou acordar cansado, irritabilidade, inquietação, dificuldade de concentração, esquecimentos, dores de cabeça, nas costas e em articulações, além de ideias de morte e suicídio.
Deprimidos não conseguem reagir e melhorar por conta própria, por mais que queiram e tentem. A doença geralmente dura de semanas a anos, podendo aparecer junto com outras doenças do corpo e ser desencadeada por situações estressantes. Ou mesmo, "vir do nada", sem motivo aparente.
É importante que a conscientização ocorra de maneira constante. O Brasil é hoje o país mais depressivo e mais ansioso do mundo, segundo a OMS. 5,8% dos brasileiros são depressivos e 9,3% possuem problemas de ansiedade. Quadros como hipotireoidismo, obesidade, câncer e doenças crônicas e neurológicas podem se confundir com depressão, ou piorar o episódio depressivo. Daí a importância também de fazer uma avaliação médica completa. Para cada paciente podem ser necessárias abordagens que vão desde o uso de medicação, eletroconvulsoterapia (ECT) até psicoterapias individuais, de grupo ou familiares.
*Dr. Edmundo Clairefont Dias Maia é Médico Psiquiatra e médico do núcleo de Cirurgia Bariátrica do HSANP, hospital na zona norte de São Paulo. 

Atividades físicas são aliadas essenciais no combate à depressão e à ansiedade


*Por Dr. Leandro Gregorut
O Brasil está hoje entre os países com maiores índices de depressão e ansiedade. De acordo com a OMS, 5,8% dos brasileiros são depressivos e 9,3% possuem problemas de ansiedade. Existem várias alternativas que podem ser aliadas ao tratamento convencional de ansiedade e depressão para promover melhoria da qualidade de vida. A prática de atividade física, por exemplo, já é muito bem estabelecida e incentivada para tratamento do estresse, distúrbios psicológicos como a Síndrome do Pânico e quadros depressivos.
Isso porque a prática promove a integração e o contato social, fazendo com que a pessoa faça parte de um grupo de amigos em busca de um mesmo objetivo, tal como perder peso, correr uma prova ou ficar mais forte. Além disso, ela atua na liberação de hormônios que contribuem para a sensação de prazer, melhoria do humor e da autoestima. Durante essas atividades o corpo libera uma série de hormônios, pois entende que está em uma situação de estresse. E a liberação hormonal ajudará o corpo a sair desta situação e a se adaptar para que novas situações não ocorram.
No longo prazo, esses hormônios ajudam a fortalecer sua massa muscular, tirar sua dor, acelerar seu metabolismo e desenvolver sua resistência aeróbica, aumentando também sua sensação de felicidade, por atuarem diretamente no cérebro como uma forma de recompensa pelo esforço realizado. Outros benefícios percebidos são melhor controle da fome, diminuição da incidência de doenças cardiovasculares como AVC e Infarto e, também, controle da diabetes tipo 2.
Para melhorar as funções cardiorrespiratórias, aumentar a massa muscular, melhorar a saúde dos ossos, reduzir o risco de doenças crônicas e depressão deve-se realizar no mínimo 150 minutos de atividade física aeróbica, de intensidade moderada, por semana. Ou, pelo menos, 75 minutos de atividade física aeróbica de intensidade vigorosa por semana. Para benefícios adicionais de saúde, os adultos devem aumentar a sua atividade aeróbica de intensidade moderada para 300 minutos por semana, ou 150 minutos de atividade de intensidade vigorosa por semana, ou uma combinação equivalente de atividade moderada e vigorosa.
Atividades de fortalecimento muscular devem ser feitas envolvendo grandes grupos musculares em dois ou mais dias por semana, para manutenção e ganho de massa muscular. Esse ciclo de estresse físico e muscular, bem como sua adaptação ao estresse, é o que permite evoluirmos nosso condicionamento físico.
Esse processo serve para ajudar as pessoas que estão passando por quadros depressivos, ou de ansiedade. E, em alguns casos, o benefício é tão importante que podem até dispensar o uso de medicamentos controlados em uma decisão em conjunto com o médico.
*Dr. Leandro Gregorut é Ortopedista, especialista em joelho, ombro e cotovelo e especialista em Medicina do Esporte, na Clínica MOVITÉ e no Hospital Sírio-Libanês. Já foi médico da Seleção Brasileira de Handebol.

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