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Com crescimento do setor vegano no país, marcas de cosméticos apostam no segmento e lançam produtos com jambu e planta utilizada por indígenas



Nunca se falou tanto em veganismo como nos últimos anos. Tanto que, de acordo com uma pesquisa feita pela Veganuary em parceria com a Mintel Consulting, no Brasil, a oferta total de produtos veganos cresceu 2% nos últimos quatro anos. Um dos segmentos que mais tem abraçado essa causa é o setor de cosméticos. Os cremes e hidratantes sem ingredientes de origem animal e que também não são testados em animais estão conquistando cada vez mais espaço nas prateleiras de lojas especializadas, graças a crescente tendência de um consumo mais consciente.

“Até então, quando o assunto era veganismo, as pessoas logo pensavam que estava relacionado apenas aos alimentos, mas, com o passar do tempo, isso foi mudando e hoje esse mercado se estendeu e ganhou bastante espaço no setor de cosméticos”afirmaStephanie Seitzdiretora da INTT Cosméticos. A marca, criada em 2007, é especializada em cosméticos sensuais e possui um catálogo amplo que inclui mousses beijáveis de sabores como churros, lubrificantes à base de cannabis e gel dessensibilizante anal com partículas de ouro.

“Nosso objetivo sempre foi oferecer produtos diferenciados e que ao mesmo tempo fossem produzidos com ingredientes que não agridam o meio ambiente”, explica Stephanie. Os cosméticos da INTT são cruelty-free, ou seja, não são testados em animais, e também são livres de petrolato, derivado de petróleo cru que pode ser extremamente tóxico e que gera grande impacto negativo ao meio ambiente.

De olho nas tendências do mercado, a marca também decidiu apostar no último ano em um movimento que tem ganhado bastante popularidade: o sexual wellness. Conhecido por ser um movimento que visa tirar o estigma de que o prazer sexual é algo limitado e vulgar e que é capaz de transformar a saúde e a vida das pessoas, a linha lançada pela INTT ganhou um novo apelo estético, em que as embalagens ficaram mais minimalistas, com cores claras e que não lembram nem de longe produtos do setor erótico.

“A ideia é que os consumidores não sintam vergonha ou fiquem constrangidos de deixar a caixa do produto em um local visível”, diz a diretora. Os ingredientes selecionados para produzir a linha wellness inclui jambu, que possui efeito vibratório graças a uma substância chamada espilantol; barbatimão, uma planta do cerrado brasileiro muito utilizada pelos indígenas para fins terapêuticos e óleo de coco. Com esses produtos, a INTT quer conquistar novos espaços além das tradicionais lojas de produtos eróticos, como as gôndolas das farmácias e similares.

“Hoje os consumidores buscam marcas mais conscientes e que levam ingredientes mais naturais em suas composições”, ressalta Stephanie. Apesar da pandemia ter afetado alguns setores da economia, o setor erótico conseguiu um desempenho positivo tanto no ano passado como neste ano. A expectativa da INTT é encerrar o ano com crescimento de 30% em comparação ao ano de 2020.

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