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Os malefícios dos brinquedos piratas para a saúde infantil

O período da infância é um dos mais importantes no processo de desenvolvimento do ser humano, pois é nessa etapa da vida que somos expostos a diversos estímulos físicos e visuais. A ideia de jogos e brincadeiras se faz necessária para aprimorar habilidades cognitivas, uma vez que o aprendizado se daria nas interações sociais e culturais,  fato comprovado em estudos do psicólogo russo Lev Vygotsky.

 

Brincar é criar uma situação imaginária onde a criança pode assumir diversos papéis e agir além de seus hábitos para dar mais espontaneidade ao momento. Dentro desse cenário, os brinquedos podem assumir um papel essencial, pois eles têm a capacidade de quebrar barreiras entre o mundo real e o imaginário e se mostram como objetos que transportam as crianças para outro mundo.

 

Entretanto, o valor desses produtos pode estar além do que os pais conseguem pagar. Desse modo, a aquisição de um brinquedo pirata, mais acessível economicamente, é vista como solução para divertir os filhos, especialmente nos tempos de isolamento social.

 

Edson Liberal, presidente da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro explica que produtos falsificados podem trazer problemas à saúde das crianças como sufocamento, pneumonia, diarreia e ferimentos graves. Dentre os maiores riscos encontrados em brinquedos piratas estão as peças que se desprendem com facilidade (a criança pode engolir), tinta de baixa qualidade que não adere ao produto e produtos tóxicos como chumbo e bário, nocivos para o sistema nervoso central.

 

Diante desse cenário, iniciativas como o Museu da Pirataria do Instituto de Capital Intelectual (ICI), órgão sem fins lucrativos, buscam conscientizar as pessoas sobre o combate a pirataria e o comércio ilegal. O Museu, tem como objetivo expor as falsificações em todo o país, com um propósito nobre: “o MUSPI nasce do desejo e da necessidade de combater um crime que encobre o tráfico de drogas e armas, ceifa vidas, tira direitos dos trabalhadores e torna os produtos copiados verdadeiras armas contra os consumidores”, segundo o site do museu. Em maio, a página na internet foi lançada, mas a ideia do ICI não é ficar apenas no site, devendo ter uma iniciativa física e itinerante como é feito na França com o Musée de La Contrefaçon.

 

Uma das formas de se previnir da compra de produtos piratas é buscar pelo selo do Inmetro, que comprova a realização de testes de impacto e queda, que analisa se há pontas cortantes ou  partes pequenas que podem ser engolidas. Além disso, o Instituto se certifica que o produto não contenha metais que podem ser nocivos à saúde e o risco de pegar fogo.

 

*Lilian Alves do Carmo é head de comunicações da Galinha Pintadinha.

 

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