Exposição solar sem proteção pode gerar câncer de pele
A doença surge de forma silenciosa, porém, demonstrando sinais
Quando o assunto é exposição apo sol, e sem proteção solar, vem logo a preocupação com os danos causados pelos raios ultravioletas na pele. A proteção da pele é fundamental para prevenir o desenvolvimento do câncer. As pequenas lesões que surgem na pele podem ser um sinal de alerta para procurar um médico dermatologista com o intuito de diagnosticar a patologia.
O médico dermatologista, Dr. Luciano Morgado, orienta que o mapeamento corporal é um dos exames mais eficazes para identificar e monitorar o surgimento do câncer de pele, Com ele, por exemplo, pode-se diagnosticar precocemente, tendo maior possibilidade de cura. Ele identifica por meio de fotografias macro (corporais) e microscópicas as lesões mais importantes. No Brasil, país tipicamente tropical, a incidência do câncer de pele é extremamente alta. De acordo com dados do ano de 2018, do Instituto do Câncer, estimam-se novos casos no Brasil na ordem de 165.580, sendo 85.170 em homens e 80.140 em mulheres. Abaixo alguns detalhes dos tipos de câncer de pele mais comuns.
Carcinoma basocelular
• Câncer de pele mais frequente – 65% dos tumores de pele em pessoas acima de 40 anos.
• Incidência tem aumentado entre as pessoas de pele clara. Risco estimado de 30 por cento de desenvolver um ao longo da vida.
• Baixa mortalidade - 0,05 a 0,08/100.000
• Idade média acima de 60 anos
Fatores de Risco
• Radiação ultravioleta – exposição solar
• Queimaduras intermitentes e na infância aumentam o risco
• Raro em negros – 99% dos casos em pessoas brancas
• História familiar positiva – aumento do risco em 2,2 x
• Paciente que já teve um CBC – 10 x mais chance. Risco de ter outro em 3 anos – 44%
Pode surgir sobre nevus sebáceos no couro cabeludo.
Manifestações clínicas.
• Pequenas pápulas (carocinhos) que sangram com facilidade
• Coloração avermelhada ou perlácea
• Presença de vasinhos na superfície
• Podem ulcerar e eventualmente apresentarem pigmentação – CBC pigmentado
• Feridinha que não cicatriza
O tratamento é cirúrgico.
Carcinoma espinocelular
• Segundo Câncer de pele mais comum
• Corresponde a cerca de 20 % dos tumores de pele
• Um pouco mais frequente em homens 2:1
• 97% surgem de lesões pré-cancerosas, as chamadas ceratoses actínicas.
• Podem ocorrer metástases em 5% dos casos
Fatores de risco
• Exposição crônica à radiação ultravioleta – efeito cumulativo.
• Pode surgir em úlceras e cicatrizes
• Exposição a radiação ionizante
• Contato com arsênico, hidrocarbonetos
• Fatores Gentéticos – Xeroderma pigmentoso, albinismo
• Infecção por HPV- câncer da região genital- colo de útero, pênis
Manifestações Clínicas
• Pápulas ou placas avermelhadas e com crostas
• Lesões elevadas e avermelhadas, com fácil sangramento, nos lábios
• Pápulas novas em úlceras ou áreas de queimaduras
• Áreas ulceradas ou vegetantes
• Ceratoses actínicas – pequenas áreas de pele áspera e avermelhada nos antebraços, dorso de mãos e face. As ceratoses actínicas são consideradas lesões pré-cancerosas para o câncer de pele do tipo espinocelular.
O tratamento também é cirúrgico.
Melanoma
• 4% do tumores de pele
• Mais perigoso
• Maior incidência de metástase e óbito
• 79% dos óbitos por câncer de pele
• Incidência vem aumentando nos últimos anos
• Mais frequente entre a quarta e sexta de década de vida. Mas pode ocorrer em adultos jovens. Um pouco mais frequente em mulheres
• Similar a um sinal normal da pele – cor escura
Fatores de risco
• Exposição intermitente à radiação solar – queimaduras solares, principalmente na infância.
• Fatores Genéticos – Histórico pessoal ou familiar de melanoma
• Pessoas com muitos nevus (sinais) irregulares, os chamados nevus displásicos ou atípicos
• Homens (mais comum no tronco). Mulheres (mais comum na perna)
Fonte: Monte Parnaso – Cuidados à flor da pele